Um setor considerado fundamental funcionado no HCR com o objetivo de garantir a segurança em saúde. Mesmo atuando “nos bastidores”, ou seja, sem que os pacientes que circulam no hospital percebam, o CME- Centro de Esterilização de Materiais, funciona como unidade de apoio técnico à todos os serviços assistenciais e de diagnóstico sendo responsável pelo processamento dos materiais de assistência ao paciente, desde sua limpeza, a inspeção quanto a integridade e a funcionalidade deste material. Também é o setor que se responsabiliza pelo condicionamento em embalagens adequadas, até que esse material seja distribuído as unidades consumidoras do HCR (Centro Cirúrgico, ambulatórios para procedimentos, consultórios, setor de enfermagem etc).
Até 2014, o CME funcionava anexo ao Centro Cirúrgico, e após este período passou a funcionar em local independente e foi ainda mais modernizado, com equipamentos de ultima geração.
As etapas da limpeza e esterilização
O Centro de Esterilização de Materiais é dividido hoje em: área contaminada, destinada a receber os artigos sujos para proceder a limpeza e a secagem com soluções descontaminantes, duas lavadoras ultrassônicas (equipamento que utiliza o princípio da cavitação em que ondas de energia acústica propagadas em solução aquosa rompem os elos que fixam a partícula da sujidade à superfície do produto); e uma termodesinfectadora (utiliza a limpeza e desinfecção de uma vasta gama de produtos: instrumento cirúrgico, utensílios diversos, acessórios de assistência respiratório e anestesia. Agem por meio de jatos de água sob pressão e turbilhonamento por fases (pré-lavagem e lavagem executadas por jatos de água com detergente enzimático, enxágue, desinfecção térmica por aplicação de água quente ou vapor e secagem).
Já, na área limpa, todos os artigos são inspecionados, preparados, acondicionados, esterilizados e embalados para distribuição. Na área limpa funcionam as autoclaves, equipamentos que fazem a esterilização dos produtos. Através das autoclaves se realiza a esterilização a vapor, um processo especial que tem a finalidade de prover probalisticamente um produto quase livre de todas as formas microbianas mediante a aplicação de calor, pressão e tempo.
Conforme Eliege de Oliveira Paz, Enfermeira Gestora responsável pelo CME, todo processamento dos materiais é muito complexo e o objetivo é que se evite qualquer evento adverso relacionado ao uso desses artigos, como, por exemplo, a transmissão de micro-organismos causadores de infecções, como impedimento de que materiais imunológicos de um paciente passem para outro.
Por isso, o CME realiza testes, marcadores biológicos e químicos, que garantem que antes de liberar qualquer material a equipe já saiba que o mesmo está limpo e esterilizado. “Estes testes têm um controle bem rigoroso. Todos são registrados, são guardados por cinco anos, para se algum paciente apresentar alguma intercorrência, o setor possa comprovar que não foi do material”, esclareceu Eliege.
Responsável por reforçar e garantir o controle rigoroso é a Comissão de Controle de Infecções Hospitares, que faz visitas periódicas no CME e verifica até mesmo se a manutenção dos equipamentos está em dia para que nenhuma etapa do processo de limpeza seja prejudicada. A comissão realiza o rastreamento de tudo o que ocorre no setor, gerando mais segurança ao paciente. Segundo Eliege, o cuidado também se estende aos colaboradores do setor, verificando cuidados básicos como a lavagem das mãos, até o uso dos EPI’s (Equipamentos de Proteção Individual).
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