Estudantes, pais, professores e profissionais da saúde lotaram a Casa da Cultura de Marau da noite de ontem, 24 de setembro. O motivo foi o debate “Suicídio: vamos falar sobre ? ”. O evento promovido pelo Hospital Cristo Redentor, Prefeitura Municipal de Marau e rádio Vang Fm, fez parte da Campanha Setembro Amarelo que visa à conscientização sobre a valorização da vida.
O assunto foi trazido pelos médicos psiquiatras Dr. Eduardo Antônio Tedeschi e Dr. José Saraiva Júnior, pela Psicóloga Clínica e Organizacional, Jaqueline Moreira, pela Coordenadora de Ações em Saúde do município de Marau, Fernanda Garbin e pelo Coordenador do CVV (Centro de Valorização da Vida), Carlos Alberto Nunes Júnior. A conversa foi intermediada pelo Jornalista da Vang Fm, Ronaldo Antônio Poletto.
Fizeram uso da palavra na abertura oficial, o Presidente do HCR, Adelar Confortin, Diretor Administrativo do hospital, Marcelo Borghetti, Jornalista e empresário da Vang, Luigi Silvestri, Presidente do Legislativo Municipal, Josiane Bedin, e o vice-prefeito, Rui Carlos Gouvêa. Em suas falas eles destacaram a importante de trabalhar um assunto tão delicado como o suicídio e parabenizaram pela iniciativa.
O debate iniciou com a fala do Dr. Saraiva que comentou sobre o Efeito Werther que faz referência a emulações de suicídios depois de um suicídio amplamente divulgado. Fernanda Garbin, por sua vez falou sobre como a rede municipal de saúde trabalha com casos de ideação suicida. A Psicóloga Jaqueline Moreira, também explicou sobre a importância da relação dos familiares com a pessoa com ideação suicida, bem como, a importância dos amigos e a convivência social. Dr. Eduardo Tedeschi comentou sobre as orientações clínicas, aspectos comportamentais e diagnósticos que acometem o paciente com ideação suicida.
Já, o coordenador do CVV, Carlos Alberto Nunes Júnior, falou sobre o suporte de escuta que o Centro de Valorização da Vida oferece. “em um ano, aproximadamente 3 milhões de pessoas ligaram para o CVV no Brasil. Nossa pergunta é o porque elas optaram por ligar para o ser ouvida por um estranho ao invés de buscar esta escuta no âmbito mais próximo? Muitas são pessoas que sentem-se sozinhas, que não conseguem falar sobre seus problemas e sofrimentos com as pessoas mais próximas, pois geralmente são julgadas”, explicou.
O 188 é o número para apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo por telefone, e-mail e chat 24 horas todos os dias.
Ao final do evento foi aberto a perguntas da plateia. Entre os questionamentos esteve a abordagem dos professores em casos de estudantes com ideação suicida, bulling e suporte emocional a familiares que perderam pessoas vítimas do suicídio.
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