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    Brasileira que reside na Itália conta sobre experiência com Visita Virtual no HCR

    A Visita Virtual aos familiares internados na Ala de Isolamento do HCR tem tido respostas positivas. Na semana que passou, Marisete, uma brasileira que reside na Itália, na região da Lombardia, precisou utilizar o recurso para se comunicar com seu pai, paciente de 83 anos internado no HCR com confirmação da Covid-19.


    Ela conta ao setor de comunicação do HCR como foi a experiência do contato virtual e também passou algumas informações sobre a situação do vírus no seu país, de forma mais específica na cidade de Vigevano, onde reside.

    “Naturalmente foi uma experiência muito boa, especialmente neste momento de tanta angústia.  Meus pais tinham sido hospitalizados praticamente juntos, há mais ou menos 15 dias atrás.  Após cerca de dez dias tinham dado alta com melhora do quadro clínico. Naquele período em que permaneceram minha mãe tinha um smartphone e desta forma nós conseguíamos nos comunicar e nos ver todos os dias e isso amenizava a preocupação.  Infelizmente meu pai precisou ser novamente hospitalizado, nós não conseguíamos nos falar e nem mesmo nos ver como tínhamos feito antes. Quando você está longe de uma pessoa que você quer ver e não está bem de saúde, este contato visual te tranquiliza.  Eu sei, e minha família sabe que está sendo muito bem cuidado no HCR, e só temos a agradecer pela disponibilidade da visita virtual que eu acredito seja muito útil tanto para a família quanto para o paciente que desta forma não se sente sozinho”, colocou Marisete.


    Com relação a situação do vírus na região da Lombardia na Itália, a brasileira explica que os cuidados iniciaram muito antes do que no Brasil justamente pela evolução do quadro. “Estamos com as escolas fechadas desde final de fevereiro e com as atividades do comércio fechadas desde este período também. A partir de segunda-feira algumas atividades reabriram, mas com muito cuidado.  Os hospitais aqui por exemplo, comparando ao sistema de saúde, foi um desastre, porque muitas pessoas foram contagiadas e muitas tiveram necessidade de atendimento hospitalar ao mesmo tempo em todo país. Naturalmente algumas regiões da Itália não foram muito acometidas, outras mais. Eu moro numa das regiões que é a Lombardia que foi mais atingida”, explicou.


    Marisete contou ainda sobre o quadro atual que aponta para uma perspectiva mais positiva: “Aqui em Vigevano, que possui cerca de 60 mil habitantes aconteceram muitos óbitos, comparando aos meses de março e abril de 2019, houve aumento de mais de 100%. Na minha opinião muitas pessoas não levaram a sério a problemática do vírus no início. Com o passar do tempo e com os hospitais lotados as pessoas se deram conta da gravidade da situação.  Felizmente houve esta diminuição no número de mortos e contagiados, o que ocasionou a reabertura parcial de alguns serviços, mas ainda estamos em fase de teste. Se os números voltarem a subir provavelmente o governo fechará tudo novamente”.


    Ela finaliza dizendo que há a esperança da melhora na situação com a chegada no verão no país: “Neste momento por aqui existe a esperança de que, com a chegada da estação quente, o vírus perca sua força e as coisas possam    voltar ao normal. Por outro lado, sempre pensando no clima, me preocupa a situação do Brasil, em especial de Marau, visto a chegada do inverno”, finalizou.




     

     

     

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