Dia 16 de outubro, foi comemorado o Dia Mundial da Alimentação. Em âmbito hospitalar ela é preparada e servida de forma minuciosa. No entanto, as pessoas que frequentam o Hospital Cristo Redentor, seja na condição de pacientes, ou na condição de acompanhantes ou visitantes não se detém ao que ocorre “nos bastidores”, à preparação de tudo o que chega até os pacientes. Por isso resolvemos contar a você um pouco sobre este processo!
A alimentação preparada na cozinha do HCR, por exemplo, tem muitas particularidades e cuidados minuciosos. Falamos aqui da dietoterapia, que tem um papel fundamental na recuperação e conservação da saúde. Também chamada de Terapia Clínica Nutricional (TCN), a dietoterapia, diz respeito a uma série de cuidados nutricionais que devem ser observados durante o tratamento de doenças específicas.
Dentro do hospital, o Setor de Nutrição e Dietética é a área de produção de refeições que tem a finalidade de comprar, receber, armazenar e processar alimentos para distribuição e verificação do consumo. As dietas são elaboradas considerando-se o estado nutricional e fisiológico dos pacientes.
As dietas hospitalares podem ser padronizadas segundo as modificações da alimentação normal, assim como da consistência, temperatura, volume, valor calórico total, alterações de macro nutrientes e restrições de nutrientes.
Tipos de dietas destinadas aos pacientes
DIETA LIVRE:
É indicada aos pacientes que não necessitam de restrições específicas e que apresentam as funções de mastigação e gastrintestinais preservadas. É disponibilizada quantidade adequada de calorias, proteínas, carboidratos e lipídios.
DIETA BRANDA OU LEVE: É destinada a pacientes que apresentam dificuldades quanto à mastigação e/ou digestão no pós-operatório. É uma dieta de transição para a dieta livre. A intenção é facilitar o trabalho digestivo através da cocção e subdivisão dos alimentos.
DIETA PASTOSA: Para pacientes que apresentam dificuldades de mastigação e deglutição. É usada em pré-operatórios ou tratamentos como radio e quimioterapia. Facilita o trânsito de alimentos e nutrientes e sua digestibilidade.
DIETA SEMILÍQUIDA: Indicada para pacientes em situação de pré ou pós-operatório, alteração gastrintestinal, ou dificuldades de mastigação e/ou deglutição. O objetivo é proporcionar uma transição para dietas branda ou livre.
DIETA LÍQUIDA: Para pacientes com dificuldade de mastigação e/ou deglutição, afecções do trato digestivo, preparo de exames, pré e pós-operatórios, radio e quimioterapias. Oferta parte das necessidades nutricionais do indivíduo.
DIETA HIPOSSÓDICA: Voltada para pacientes com Hipertensão Arterial ou outra patologia que necessite de controle sódico.
DIETA PARA DIABETES: Indicada para pacientes com glicemia elevada. O objetivo é manter a glicemia em níveis normais, evitando crises hiper ou hipoglicêmicas.
DIETA PARA GASTRITE OU ÚLCERA: Voltada à pacientes com gastrite ou úlceras. O objetivo é diminuir sintomas e evitar novas crises.
DIETA PARA CONTROLE DE DIARREIA: Para pacientes com quadro de diarreia. A intenção é regular o trânsito intestinal do paciente, evitando a perda de água e nutrientes pelas fezes.
DIETA SEM RESÍDUOS - SEM FIBRAS: Alimentos que não deixam resíduos intestinais.
DIETA LAXATIVA: Indicada para pacientes com quadros de constipação, seja primária, secundária ou iatrogênica.
DIETA SEM LACTOSE: Pacientes com intolerância à lactose
Indicação: pacientes com intolerância à lactose.
DIETA SEM GLÚTEN: Para pacientes com doença celíaca. O objetivo é diminuir sintomas e evitar novas crises.
De acordo com as nutricionistas, Ângela Berton e Camila Spenassato, responsáveis pelo setor de nutrição do hospital, além da atenção geral do cardápio oferecido, também é realizado atendimento individualizado para os pacientes que precisam de avaliação nutricional. “A dietoterapia se torna importante e contribui na recuperação da saúde dos pacientes, que em alguns casos a mudança na alimentação pode reduzir complicações mais sérias”, explicam.
Compartilhe: