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    Saiba quais são os sinais de alerta do câncer colorretal

    Você sabia que o câncer colorretal acomete o intestino grosso e atinge indistintamente homens e mulheres?  Para trazer conhecimento a você sobre o assunto, o Dr. Guilherme Garcia Vieira (CRM 37316), Médico que desde 2019 é responsável pelo Serviço de Endoscopia do Hospital Cristo Redentor, explica do que se trata este tipo de câncer, sinais de alerta e muito mais. Confira:

     

     

    O que é o câncer de intestino?

     

    O câncer colorretal é aquele que acomete o intestino grosso e/ou sua porção final, o reto. Também é conhecido como câncer de cólon e reto ou colorretal. É uma doença que atinge indistintamente homens e mulheres.

    Na maioria das vezes, o câncer colorretal se desenvolve gradativamente por uma alteração nas células que começam a crescer de forma desordenada sem apresentar qualquer sintoma. Por esse motivo, a detecção precoce é fundamental.

    É tratável e, na maioria dos casos, curável, ao ser detectado precocemente. Grande parte desses tumores se inicia a partir de pólipos, lesões benignas que podem crescer na parede interna do intestino grosso.

     

     

    Quem integra o grupo de risco?

     

    Os principais fatores relacionados ao maior risco de desenvolver câncer do intestino são: idade igual ou acima de 50 anos, excesso de peso corporal e alimentação não saudável (ou seja, pobre em frutas, vegetais e outros alimentos que contenham fibras). O consumo de carnes processadas (salsicha, mortadela, linguiça, presunto, bacon, blanquet de peru, peito de peru e salame) e a ingestão excessiva de carne vermelha (acima de 500 gramas de carne cozida por semana) também aumentam o risco para este tipo de câncer.

    Outros fatores relacionados à maior chance de desenvolvimento da doença são história familiar de câncer de intestino, história pessoal de câncer de intestino, ovário, útero ou mama, além de tabagismo e consumo de bebidas alcoólicas.

    Doenças inflamatórias do intestino, como retocolite ulcerativa crônica e doença de Crohn, também aumentam o risco de câncer do intestino, bem como doenças hereditárias, como polipose adenomatosa familiar (FAP) e câncer colorretal hereditário sem polipose (HNPCC). Pacientes com essas doenças devem ter acompanhamento individualizado.

    A exposição ocupacional à radiação ionizante, como aos raios X e gama, também pode aumentar o risco para câncer de cólon. Assim, profissionais do ramo da radiologia (industrial e médica) devem estar mais atentos.

     

     

     Quais são os sinais de alerta do corpo que podem indicar a doença?

     

    Os sintomas mais frequentemente associados ao câncer do intestino são:

     

     

     

    Esses sinais e sintomas também estão presentes em problemas como hemorroidas, verminose, úlcera gástrica e outros, e devem ser investigados para seu diagnóstico correto e tratamento específico.

     

    Na maior parte das vezes esses sintomas não são causados por câncer, mas é importante que eles sejam investigados por um médico, principalmente se não melhorarem em alguns dias.

     

     

    Que tipo de exame é feito para identificar a doença?

     

    Existe mais de um tipo de exame que pode ser empregado no rastreamento, cada um com a sua devida indicação e de acordo com cada paciente.

     

    Temos exames de rastreio a partir de análise nas fezes, como por exemplo: 

       

    Temos também exames de imagem:

     

    Como medida de saúde coletiva, a Organização Mundial da Saúde preconiza que os países realizem o rastreamento do câncer de cólon e reto em pessoas acima de 45 anos, por meio do exame de sangue oculto de fezes. Caso o teste seja positivo (constate o sangue oculto), a pessoa deverá fazer uma colonoscopia ou retossigmoidoscopia, que permitirá ao médico visualizar a parte interna do intestino para ver se há câncer ou pólipos que possam vir a se transformar em câncer. Atualmente, muitas lesões já podem ser tratadas durante o exame de colonoscopia.

     

    Quando confirmado o diagnóstico, ainda assim o câncer de intestino é uma doença tratável e frequentemente curável. A cirurgia é o tratamento inicial, retirando a parte do intestino afetada e os gânglios linfáticos (pequenas estruturas que fazem parte do sistema de defesa do corpo) dentro do abdome. Outras etapas do tratamento incluem a radioterapia (uso de radiação), associada ou não à quimioterapia (uso de medicamentos), para diminuir a possibilidade de recidiva (retorno) do tumor.

     

    O tratamento depende principalmente do tamanho, localização e extensão do tumor. Quando a doença está mais avançada, com metástases para outros órgãos, as chances de cura ficam reduzidas.

     

    Após o tratamento, é importante realizar o acompanhamento médico para monitoramento de recidivas ou novos tumores.

     

    Quais as medidas preventivas contra a doença?

     

    As principais medidas preventivas estão relacionadas às modificações de estilo de vida, evitando situações que possam aumentar a chance de desenvolver a doença, dentre elas:

     

    •  cessar tabagismo;

    •  evitar consumo de bebidas alcoólicas;

    •  evitar sobrepeso ou obesidade;

    •  evitar consumir alimentos com alta densidade energética (são aqueles que a cada 100g oferecem 225-275Kcal) e carnes vermelhas;

    •  evitar consumir carnes (quaisquer tipos, inclusive aves e peixes) preparadas na chapa ou na forma de fritura, grelhado ou churrasco;

    •  aumentar consumo de frutas, legumes, verduras e cereais integrais; 

    •  evitar sedentarismo.

     

     

    Dr. Guilherme Garcia Vieira é Cirurgião Geral e atuante no setor de Endoscopia Digestiva no Hospital Cristo Redentor de Marau. É também Diretor Técnico da instituição hospitalar. 

    Consultas no HCR podem ser agendadas com este profissional através da Central de Consultas. Contato: (54) 3342-9414. 

     

     

     

     

     

     

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